Manifestante pró-impeachment é branco, tem 48 anos e é eleitor de Aécio

Foto: André Tambucci/ Fotos Públicas
Foto: André Tambucci/ Fotos Públicas

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha na última manifestação pró-impeachment em São Paulo, no domingo (13), mostrou que, mesmo com a forte rejeição à presidenta Dilma Rousseff, as pessoas ainda enxergam com muita desconfiança a possibilidade de Michel Temer assumir a presidência. De acordo com o estudo, apenas 19% dos entrevistados acha que o atual vice-presidente faria um bom governo se assumisse. 

Para quase um terço dos abordados, 28%, Michel Temer seria um governante ruim ou péssimo. Entretanto, praticamente metade das pessoas (47%) acha que um hipotético mandato do peemedebista seria regular. A única unanimidade da manifestação era a desaprovação de Dilma: 98% dos entrevistados declarou achar o governo da petista ruim ou péssimo.

O instituto de pesquisa ainda constatou que a idade dos manifestantes que frequentam as manifestações contrárias à presidenta aumentou consideravelmente. Em 15 de março, a idade média era de 39,6 anos; em 12 de abril subiu para 45,2; em agosto foi a 45,3; e no domingo chegou a 48,2 anos.  Além disso, os números constataram que 4 em cada 10 manifestantes possuíam renda familiar mensal superior a 10 salários mínimos, o que revela características sociais particulares daqueles que protestam a favor do impeachment. 

Outra questão abordada pelo estudo é a cor da pele dos manifestantes. Enquanto a média da cidade é de, aproximadamente, 48% de brancos, no protesto contra Dilma Rousseff os brancos eram 80%. Apenas 2% se declararam pretos nas manifestações. 

Apesar do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter tido um papel fundamental na aprovação do processo de impeachment da presidenta, o peemedebista não é bem visto aos olhos dos entrevistados: 91% disseram torcer pela sua cassação no processo do Conselho de Ética da Casa. O momento em relação a Eduardo Cunha contrasta  com as manifestações de agosto, onde apenas 43% desaprovavam o líder. A pesquisa ouviu 1.351 pessoas na Avenida Paulista. As informações são da Folha de São Paulo. 


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