Marcelo Freixo: O parlamentarismo de extorsão da Nova República faliu

Para Marcelo Freixo, é preciso refundar a República - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil/Fotos Públicas
Para Marcelo Freixo, é preciso refundar a República – Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil/Fotos Públicas

As panelas não soam. Michel Temer, o presidente interino, anunciou um ministério sem mulheres. André Moura (PSC-SE), com suas três ações penais no Supremo Tribunal Federal, agora é líder do governo na Câmara. O ex-ministro do Desenvolvimento Romero Jucá é pego em gravações sugerindo o fim da Operação Lava Jato. Nenhuma panela se ouviu, nenhum político hoje na situação defendeu a queda do interino.

É “a falência do parlamentarismo de extorsão da Nova República”, escreveu nesta terça-feira (24) o deputado estadual do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSOL) em editorial na Folha de S.Paulo. “Jucá […] é um personagem representativo da degradação do governismo pós-ditadura: ocupou cargos chave nos governos Sarney, FHC, Lula e Dilma.”

Na coluna, o deputado estranha a sequência de escândalos em apenas 12 dias de governo e o cinismo de quem, agora, silencia. O judiciário também está comprometido? Freixo lembra que “no fim do ano passado, também após o vazamento da gravação de uma conversa sobre a situação de Nestou Cerveró, o senador Delcídio do Amaral foi preso sob a acusação de tentar obstruir o trabalho da Justiça”. Foi preso, saiu da cadeia e acabou cassado no Senado. Jucá terá o mesmo destino?

Conclui o parlamentar afirmando que “a República Romérica de Michel Temer nasceu morta e sem legitimidade” e que, se o impeachment for confirmado, “a única saída é convocar novas eleições” com um objetivo claro: “uma agenda de profundas reformas que freiem a influência do poder econômico nos sistemas político e eleitoral”.


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