Milhares se reúnem em defesa da Petrobras, dos direitos trabalhistas e da reforma política

Foto: Manuela Azenha
Foto: Manuela Azenha

Embaixo de forte chuva, uma multidão se reuniu nesta sexta-feira (13) para defender a democracia, os direitos dos trabalhadores e a Petrobras. De acordo com a Polícia Militar, 12 mil pessoas participaram do Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora, da Petrobras, da Democracia e da Reforma Política. A CUT fala em 100 mil pessoas. 

O ato teve início às 15h na frente da Petrobras, na Avenida Paulista. Das 16h até às 18h, a Avenida ficou bloqueada em pelo menos um dos sentidos. O ato foi encerrado na Praça da República, região central.

Em entrevista em frente à sede da estatal, o presidente da Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) Onofre Gonçalves disse que o ato de hoje foi contra o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

“Nosso ato não é contra outro ato. Nosso ato é em defesa da soberania nacional e da Petrobras. Quem quiser falar contra isso, faça o ato no domingo”, falou ele. “Se tem alguém querendo um terceiro turno, isso não está escrito na Constituição. A eleição brasileira é em dois turnos. Se alguém está esperando o terceiro deve esperar as próximas eleições”, acrescentou.

Segundo Gonçalvez, além da defesa da Petrobras, o ato reivindica uma reforma política no país, com o fim de financiamento privado de campanhas e a preservação de direitos trabalhistas: “É um ato dos trabalhadores e trabalhadoras em que nós reivindicamos, primeiro, que as Medidas Provisórias [que alteram benefícios trabalhistas] sejam revistas porque mexem em direitos e não queremos que se mexa em nenhum direito dos trabalhadores. Segundo, estamos também defendendo a Petrobras, que é uma das estatais do povo brasileiro, gerando milhões de empregos e não pode ser privatizada e fragilizada a ponto de servir aos interesses internacionais”. 

Em fala a Brasileiros, Julio Turra, diretor executivo da CUT comentou que havia o temor que um grupo de direita viesse a gerar confronto, mas a polícia evitou o encontro. 

Uma funcionária da Petrobras, que não quis se identificar, comentou que a empresa não mobilizou funcionários para a manifestação e o trabalho continuou normalmente na empresa. 

Nenhum incidente foi registrado pela Polícia Militar. 

O secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy (PT), esteve presente no ato. Cercado de manifestantes e sob aplausos, o petista, ao fim da noite, mostrou os trajes ensopados e resumiu o que achou do protesto, cantando uma das palavras de ordem do ato: “Pode chover, pode molhar, a presidenta Dilma vai continuar”.


O ato foi organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), União Nacional dos Estudantes (UNE), Federação da Agricultura Familiar do Estado de São Paulo (FAF-CUT/SP), Movimentos dos Atingidos por Barragens (MAB), Consulta Popular, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Central de Movimentos Populares (CMP), Levante Popular da Juventude, Campanha do Plebiscito Constituinte, Movimento Nacional das Populações de Rua (MNPR), Fora do Eixo MÍDIA Ninja (FDE) e Marcha Mundial das Mulheres (MMM).

 


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