O Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça Eleitoral a cassação da chapa de João Doria (PSDB) e Bruno Covas (PSDB) à Prefeitura de São Paulo, por abuso de poder político. A ação também é contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
O promotor José Carlos Bonilha, responsável pela ação impetrada na noite dessa segunda-feira, defende que houve uma barganha em torno da secretaria estadual do Meio Ambiente, oferecida ao PP, em troca de tempo de televisão no horário eleitoral – caracterizado como desvio de finalidade.
Bonilha também acusa Alckmin de ter permitido que a coligação de Doria usasse o slogan “Acelera, São Paulo”, que teria sido criado pelo publicitário Nizan Guanaes para um projeto do governo do Estado. Além disso, Alckmin é acusado de, antes mesmo das convenções entre os pré-candidatos, sair em companhia de Doria, ferindo o princípio de neutralidade e igualdade entre os candidatos.
O promotor chamou o senador José Aníbal (PSDB) e o vice presidente do PSDB, Alberto Goldman como testemunhas. A ação não tem prazo para ser julgada. Segundo Bonilha, é muito improvável que saia alguma decisão antes do primeiro turno, no próximo domingo.
Por meio de nota, o advogado de Doria diz que o candidato ainda não foi notificado da ação: “Ainda não fomos notificados. Pelo que se extrai das notícias, as razões do ilustre promotor reveladas há poucos dias da eleição são frágeis e carecem dos mínimos elementos probatórios. Parte-se de uma premissa equivocada e sem respaldo legal que pretende impedir que o candidato João Doria receba apoio de partidos e de lideranças políticas. Certamente será arquivada, como todas as demais anteriormente divulgadas aos jornais e posteriormente arquivada pela Justiça Eleitoral”.
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