O STF (Supremo Tribunal Federal) começou na segunda-feira (7) e concluiu hoje a divulgação da decisão de seus ministros sobre o rito do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff no Congresso. Agora, os magistrados são pressionados pela oposição a iniciar o quanto antes a outra fase do processo: o julgamento dos recursos apresentados sobre esse mesmo rito de modo que a Câmara forme o quanto antes a comissão que pode decidir o futuro da presidenta.
A oposição acredita que o vazamento da delação premiada do senador Delcídio do Amaral e a operação da PF que forçou depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ambos na semana passada, inflamaram a sociedade e esse momento deve ser aproveitado pela oposição para concluir o caso e destituir Dilma.
Embora os recursos possam ser protocolados a partir da próxima segunda (14), um dos primeiros analisados pelo Supremo pode ser o do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), que viu sua comissão destituída pelos ministros, que julgaram ilegal a formação de chapas para votação, e deu mais poder ao Senado, a quem caberá a última palavra. O recurso de Cunha foi protocolado já no dia 1º de fevereiro, mas a ação pode não ser avaliada por ter sido protocolada antes da publicação do rito.
A maioria dos juízes também decidiu que a votação não poderá ser secreta, como havia decidido o presidente da Câmara, que pretendia com isso proteger os parlamentares da situação com tendência a trair o governo. Ao mesmo tempo, a oposição quer travar as votações no Congresso até que a comissão do impeachment seja finalmente instalada.
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