Temer diz que fará “governo de salvação nacional” e pede apoio da população

Senador Aécio Neves cumprimenta Michel Temer. Foto: Marcelo Casal JR/Agência Brasil
Senador Aécio Neves cumprimenta Michel Temer. Foto: Marcelo Casal JR/Agência Brasil

Em seu primeiro pronunciamento como presidente interino, Michel Temer (PMDB-SP) deu posse aos 24 novos ministros e pediu confiança ao povo brasileiro. Com baixa popularidade e acusado de ser protagonista de um golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, o peemedebista fez questão de ressaltar sua “formação democrática” e o respeito à Constituição Federal: “Tenham confiança na vitalidade da nossa democracia”, disse Temer.  

Apesar dos apelos para que a população brasileira apoie o novo governo, manifestantes contrários ao impeachment de Dilma tentaram entrar no Palácio do Planalto durante o discurso de Temer e foram reprimidos pela polícia com spray de pimenta.

Segundo ele, a palavra “crise” não deve mais ser dita. “Minha vontade é de espalhar outdoors com a frase “Não fale a palavra crise: trabalhe”. A frase citada foi usada pelo presidente Fernando Collor em uma camiseta em julho de 1992, dois meses antes de ser afastado pela Câmara Federal.

Temer disse que fará um “governo de salvação nacional” e urge pela pacificação e união do País. O peemedebista também garantiu que manterá os programas sociais dos governos petistas, como o Bolsa Família, Pronatec, Fies, Prouni e Minha Casa Minha vida: “Esses programas deram certo e por tanto terão a gestão aprimorada. Nós precisamos acabar com o hábito de destruir o que foi feito pelos governos anteriores”.

Citado em documentos e delações premiadas da Operação Lava Jato, assim como sete de seus recém-empossados ministros, Temer defendeu a manutenção da investigação da Polícia Federal.

O presidente interino também reforçou a importância de parcerias público-privadas na geração de empregos no País: “Sabemos que o Estado não pode tudo fazer, depende da atuação dos setores produtivos. Ao Estado compete cuidar da segurança, saúde, educação, ou seja, dos espaços fundamentais que não podem sair da órbita pública. O restante será compartilhado pela iniciativa privada, na conjunção de ações entre trabalhadores e empregadores”.


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