“Nós mulheres somos 52% da população brasileira e, no Congresso Nacional, representamos menos de 11%. Você acha isso junto?”, questiona a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, em vídeo divulgado pelas redes sociais, nesta terça-feira, dia 5, em que convida a sociedade para debater sobre a reforma política, com foco na participação da mulher no Congresso. “O protagonismo das mulheres em todos os espaços, inclusive nos de poder, é uma luta de todos e de todas”, diz a ministra.
A explicação do número baixo é que “muitas mulheres deixam de se candidatar a cargos políticos por conta da dupla jornada de trabalho que enfrentam no cotidiano” e “a falta de apoio financeiro e político também são obstáculos”. Os cidadãos podem dar suas opiniões através do site Secretaria.
Segundo o relatório do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, divulgado em 2013, 40% da população da América Latina estavam sob o governo de mulheres com Dilma Rousseff no Brasil, Cristina Kirchner na Argentina e Laura Chinchilla na Costa Rica (terminou seu mandato em maio de 2014), após 20 anos desde a aprovação da lei de cotas na Argentina e depois que 18 países incorporaram mudanças em suas leis eleitorais. Os dados são resultados de apuração de 2004 a 2011.
Apesar de as mulheres serem a maior porcentagem como filiadas nos partidos políticos, na organização de movimentos sociais, essa parcela não reflete nos espaços de poder e decisão. “Diversos partidos nem mesmo implementavam as cotas mínimas de 30% de mulheres candidatas. Esta é parte das explicações para o fato de hoje contarmos com presença tão reduzida de mulheres no Congresso Nacional”, diz o documento.
Veja o vídeo do pronunciamento:
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