20 anos do massacre

Madrugada do dia 23 de julho de 1993, exatamente 20 anos atrás. Um grupo armado adentrou o centro da capital carioca pouco antes da meia-noite e, em frente a Igreja da Candelária, abriu fogo contra mais de 70 jovens e crianças desabrigadas que costumavam dormir por ali. O saldo do brutal massacre foi a morte de seis menores, com idades entre 11 e 17 anos, e dois maiores, de 18 e 19 anos. O episódio, uma mancha triste na história do Brasil, ficou conhecido como a Chacina da Candelária.

Foi-se descobrir que os responsáveis pelo ataque faziam parte da Polícia Militar e formavam um grupo de extermínio, criado para “varrer” as ruas do centro do Rio de Janeiro. 

Enquanto as jovens vidas foram interrompidas, os três acusados e culpados pelo crime hediondo seguem em liberdade. Vinícius Emmanuel Borges foi condenado a 309 anos de prisão, a defesa recorreu e baixou a sentença para 89 anos, mas a promotoria conseguiu outro recurso e a pena ficou estabelecida em 300 anos. Borges ficou preso até o meio do ano passado, quando foi libertado através de um indulto, suspenso pouco depois. Cade Borges? Sumiu! O assassino está foragido.

Nélson Oliveira dos Santos também recebeu sua sentença, 243 anos atrás das grades, mas adivinha onde ele está hoje? Seria leviano de nossa parte afirmar que ele está em sua casa, aproveitando exatamente o que privou dos jovens que matou: a vida. Porém, preso é que ele não está. O mesmo vale para Marcos Aurélio Dias Alcântara, livre desde 2010 após receber indulto em sua pena de 204 anos.

Arlindo Lisboa Afonso Júnior também foi julgado e considerado culpado, porém, foi sentenciado a apenas dois anos de reclusão por ter em seu poder uma das armas usadas no crime. Já Carlos Jorge Liaffa, reconhecido por um sobrevivente e comprovadamente dono de uma das armas usada no massacre, nem condenado foi…


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