As frutas de primeira de Seu Oswaldo

Seu Oswaldo. Fotos: Helena Wolfenson
Seu Oswaldo. Fotos: Helena Wolfenson

Só de bater o olho, Seu Oswaldo sabe dizer se a fruta está doce, se o legume é de qualidade ou se a verdura é mesmo a melhor do mercado. Afinal, o vendedor nascido em Monte Alto, no interior de São Paulo, tem uma vida inteira trabalhando com esses produtos. E aos 62 anos, sabe que seu ponto de vendas – na perua que estaciona há 17 anos no bairro de Alto de Pinheiros – só pode competir com sacolões e supermercados da região se tiver o que há de melhor em cada estação. “O jeito não é vender quantidade, é qualidade. Lá dentro do Ceasa eu conheço todo mundo, sei onde tem a melhor mercadoria”, explica.

Pois foi neste Ceasa que, aos 18 anos, Oswaldo chegou do interior para tentar uma vida melhor. “Nunca tinha visto um mercado, coisa espantosa! Só via fruta no sítio mesmo.” Sem ter outro lugar para morar, dormia em um armazém no mesmo local em que trabalhava como ajudante, e assim passou quase uma década até juntar algum dinheiro, se casar e comprar uma casinha na região. Hoje, Seu Oswaldo ainda trabalha no Ceasa, vendendo frutas nos finais de semana – dias em que acorda às 2h30 da madrugada. Na rua, trabalha às terças, quartas e quintas, e nos dias restantes vai atrás dos melhores produtos para seus clientes. Não só gosta de viver disso, como gosta de comer o que vende. “Não sou muito chegado em Kiwi, mas melancia, banana, pera, maçã e laranja… uhm”.


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