O TABU DO VINHO GELADO
Imagine-se com muita sede, tendo de beber um belo copo de coca-cola quente! Pois é tortuoso apenas pensar nessa hipótese, não é? A temperatura de serviço das bebidas é essencial para a boa apreciação de seus aromas e sabores. Podemos divergir sobre alguns graus de diferença, porém, no fundo no fundo, chegaremos sempre a um consenso. |
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VELHOS CONCEITOS Vamos nos esquecer daquele velho conceito de vinhos brancos e rosés gelados e tintos com a temperatura ambiente. Devemos sempre pensar na estrutura e na graduação alcoólica da bebida em questão. Um vinho tinto muito tânico se servido abaixo de 19 °C terá aquela sensação de amarrar a boca evidenciada, |
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AROMA X TEMPERATURA Os aspectos aromáticos também são pontos fortíssimos para a escolha da temperatura, até porque, se gelarmos muito uma bebida, principalmente os vinhos, seus aromas ficarão mais tímidos e, se forem servidos em temperatura mais alta, só conseguiremos sentir o cheiro de álcool se desprendendo do copo. Parcimônia é essencial. Invista em experiências para saber como sua bebida predileta pode ficar mais prazerosa, não só no âmbito técnico, mas também no empírico. |
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PASSANDO A MÃO NO SACA-ROLHAS A frase introdutória do livro de Frédérique Crestin-Billet sobre saca-rolhas define muito bem conceitualmente sua origem. Ele diz que a simples verdade é que os saca-rolhas foram concebidos para rolhas, não o modo contrário. O saca-rolhas é uma invenção recente, até porque as garrafas começaram a ser usadas em larga escala no século XVIII. Não é um instrumento restrito às garrafas de vinho, pois temos um arsenal incrível de bebidas, destiladas e fermentadas, que necessitam ter suas garrafas abertas com o seu auxílio. |
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O BATE COXA Temos também aquele saca-rolhas em formato T, conhecido como “bate coxa” (na foto acima, um exemplar desenhado pelos irmãos Campana), no qual devemos fixar a garrafas entre |
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AMIGO DO GARÇOM Os modelos são inúmeros, porém temos para cada estilo um uso específico. Os mais comuns são os de apelido “amigo do garçom” ou “ajudante do mordomo”, é um modelo prático, preciso e seguro, que, após a introdução do espiral na rolha, esta é retirada com uma alavanca de duas fases, dessa forma evita-se que a rolha quebre ao meio. |
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AJUDA DA TECNOLOGIA Os saca-rolhas descritos acima são os mais comuns, porém com a tecnologia de hoje, temos instrumentos que utilizam métodos com pressão e gás, sendo desnecessário o uso da força. E se você é amante do design, pode apreciar exemplares originais desse artefato em sites de clubes de colecionadoress e museus voltados a essa arte, à arte de abrir garrafas. |
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À MODA ANTIGA Em relação às rolhas mais antigas, o melhor é manusear com o abridor de duas lâminas. Introduza as lâminas no gargalo, entre a rolha e o vidro, até as mesmas estarem totalmente dentro da garrafa e depois retirá-las, puxando com movimentos circulares. Desse jeito, a rolha não será perfurada, e o risco de ela esfarelar será muito pequeno. |
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*Graduada em Gastronomia, com especialização em Enogastronomia e maître-sommelier dos restaurantes D.O.M. e Dalva e Dito, em São Paulo. |
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