A Ministra da Saúde do Canadá, Rona Ambrose, anunciou nesta terça-feira que vai doar 1.000 doses do soro experimental VSV-EBOV, para controle do vírus ebola, para a Organização Mundial da Saúde utilizar em doentes infectados na África Ocidental, onde a doença já matou mais de 1.000 pessoas e infectou cerca de 2.000.
O medicamento – assim como o ZMapp, utilizado nos dois pacientes estadunidenses que estão sendo tratados em Atlanta, nos Estados Unidos, e no padre espanhol Miguel Pajares, morto nesta terça, em Madrid – nunca foi usado em seres humanos, e é a primeira doação de um país da comunidade internacional na tentativa de diminuir o surto. Desde a semana passada, o mundo está em “alerta de vigilância sanitária” declarada pela OMS. O material foi produzido por cientistas do Laboratório Nacional de Microbiologia do Canadá e já foi testado em animais.
Além do soro, o governo canadense vai doar 185 mil dólares no apoio a prevenção e controle do vírus, mas já pediu oficialmente aos cidadãos do país para evitar viagens para Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conacri e avisou que há uma baixa probabilidade do vírus chegar ao território do Canadá.
“Nosso governo está empenhado em fazer tudo o que pudermos para apoiar os nossos parceiros internacionais, incluindo o fornecimento de pessoal para ajudar com a resposta ao surto, financiamento e acesso ao nosso vacina experimental”, declarou Ambrose.
Apesar da doação, o Canadá vai guardar algumas doses do soro para casos suspeitos ou confirmados no país. Até o momento, dois estadunidenses e um espanhol foram infectados pelo vírus desde o início do surto, há dois meses.
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