Defensor: “José Dirceu não é chefe de quadrilha”

Durante a sessão destinada à defesa dos réus do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, dia 6, o advogado do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, afirmou que não existem provas da participação dele no esquema de compra de votos. Seguindo estratégia que já era esperada, o defensor José Luís de Oliveira Lima negou ainda a existência do mensalão. “Não existe prova dessa acusação nos autos”, disse.

Lima também fez questão de ressaltar que José Dirceu “não é chefe de quadrilha”, como foi apontado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. “José Dirceu não é chefe de quadrilha, não. Não há nos autos do processo nenhum depoimento, nenhuma testemunha, que faça essa afirmação, de que José Dirceu, na Casa Civil, tenha beneficiado qualquer instituição financeira”, disse o advogado.

O defensor disse ainda que o Ministério Público Federal deixou-se contaminar por “provas extrajudiciais e em análises publicadas na imprensa” e desprezou provas produzidas durante o contraditório. “Foram mais de 600 depoimentos e nenhum deles incrimina José Dirceu”. O advogado disse ainda que, segundo testemunhas ouvidas no caso, Dirceu se afastou do Partido dos Trabalhadores (PT) ao assumir a chefia da Casa Civil.

Primeiro réu a ter defesa no caso, José Dirceu é acusado pelo Ministério Público de ser chefe da organização criminosa responsável pelo esquema de propinas do PT operado pelo publicitário Marcos Valério. A defesa de Valério também será ouvida na tarde desta segunda, assim como a de José Genoino, Delúbio Soares e Ramon Hollerbach, sócio de Marcos Valério.

Assista ao julgamento ao vivo:


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