Grupo de pesquisadores quer criar sistema “wi-fi” no mar. Será?

O futuro da exploração marinha e das operações subaquáticas será ligado à internet. Essa é a fronteira a ser explorada pelo projeto internacional Sunrise, divulgado na Cidade da Ciência da Universidade de Roma em um ano dedicado aos mares.

No documento divulgado à imprensa, o novo projeto quer transformar os mares, lagos e rios em grandes “estradas” digitais nas quais operarão sensores, robôs, drones e veículos de última geração. A ideia de utilizar esses equipamentos é para que eles realizem trabalhos perigosos para o homem no monitoramento de mudanças ambientais.

Os cientistas querem que esses sensores consigam controlar os vulcões submersos até o momento de uma erupção e que possam proteger os sítios arqueológicos no fundo do mar para a pesquisa de combustíveis. Os membros da universidade estão desenvolvendo, neste primeiro ano de atividades, os softwares que farão todas as atividades para os homens. Nos próximos dois anos, os trabalhos incluirão testes e melhorias nos itens.

Para fazer isso, eles apostam em objetos da “Internet das Coisas”. “Smartphones e computadores são dispositivos que podem ser conectados a uma tecnologia invisível, a internet sem fio”, explica a professor Chiara Petrioli, líder do projeto Sunrise.

 Porém, o wi-fi  não pode ser usado dentro d’água, visto que as ondas de rádio só se propagam pelo ar.

“As tecnologias de comunicação que estamos acostumados não podem ser levadas ao mar. Então, devemos seguir a mesma modalidade de comunicação que utilizam os animais que vivem naquele mundo, como as baleias e os golfinhos, que são as comunicações acústicas”, explicou Petrioli.

A ideia é fazer essas viagens de bits por ondas sonoras, estudando como fazer para não atrapalhar a comunicação entre os cetáceos.

Além da Universidade de Roma, outras empresas e universidades europeias estão participando do projeto.


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