Meus caros, todos recuperados de ontem? Estão vendo como a vida continua? Alguns reclamaram do post de ontem, com o monograma da cabala – vou falar de cabala sempre que quiser! Temos um belo final de semana apenas começando, vamos aproveitar. Namoro, cinema, e/ou balada, tudo junto, ajudam a resolver qualquer trauma. Recomendei isso ontem a dois amigos heterossexuais, e sugeri que se jogassem na melhor casa noturna de São Paulo, não por acaso, uma casa gay. A sugestão vale para Rio de Janeiro e São Paulo, diga-se. Eles receberam a sugestão com uma risada temerosa, retrucando, na mesma hora, que não queriam ser trucidados lá dentro. Isso foi comentário de hétero que nunca experimentou uma balada gay, a coisa não é bem assim. Os dois meninos são gatos, no frescor de seus vinte e poucos anos, mas não é por isso que serão trucidados feitos bois de piranha. Mulheres heterossexuais tiram a balada gay de letra, e alguns homens também.
Já cansei de ver héteros dizendo que nunca chegam perto de gays exatamente por estarem certos de que, pelo simples fato de serem homens, seriam abordados, tocados, assediados, e tudo o mais. Gays não são bestas descontroladas – falo pela maioria, lógico, ressalva que vale também para héteros. Recentemente, ouvi um cara comentando algo nesse estilo, e, por dever de ofício, imediatamente retruquei: “Não tenha medo, pois com essa barriga pulando por cima do cinto, esse hálito azedo, e esse cabelo empastelado de gel, não correrias risco algum”. Fui preconceituoso, lógico, não sou hedonista, acho ridículo selecionar as pessoas pela aparência, e não pelo caráter (Oscar Wilde), mas, naquele caso, dei uma resposta no mesmo nível do criticado.
Voltando aos dois amigos do início do texto, assegurei aos dois que eles poderiam se jogar sem medo, por mais atraentes que sejam. Eles estarão com as namoradas, e gaydar existe, e funciona. Se forem, vão se agarrar às duas até deixarem hematomas. Se não vão ficar dando deixa, já afastaram mais de 90% dos eventuais pretendentes. Eu acho que gays respeitam mais os outros. É raro ver alguém tentando roubar o homem do outro na pista. Se héteros estiverem em nosso território, pode acontecer de algum gay distraído – ou mal intencionado, os abordar. Nesse caso, um simples “não”, levado na esportiva, resolverá o problema. Se levarem uma mão boba no corpo, lógico que um “sai pra lá” mais sério tem lugar. No mais, deixem o povo de lado. Gay não é animal, falo pela grande maioria, lógico. Por via das dúvidas, para não deixar os meninos perdidos na noite, escalei meu grande amigo Luki, baladeiro quatrocentão, para escoltá-los. Amanhã conto o que aconteceu. Abraços do Cavalcanti.
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