Quem já viajou para fora do Brasil sabe como funciona o “mercado das encomendas”. Uma amiga pede um perfuminho do Free Shop, outro amigo pede uma calça jeans de marca, o primo pede um jogo de videogame que lá fora custa cinco vezes menos…

Foi em cima dessa demanda que surgiu o Cabe na Mala, plataforma virtual que junta viajantes e consumidores para que o primeiro grupo traga produtos desejados pelo segundo mediante pagamento de uma recompensa a ser combinada.

O serviço surgiu a partir de uma necessidade pessoal. “Há dois anos fui fazer um curso em Boston, na época em que o iPad 2 havia sido lançado. Voltei com três deles”, contou Marcela Kashiwagi, sócia-fundadora do Cabe na Mala. 

Após identificar o mercado em potencial, Marcela se juntou a sua amiga e hoje sócia Ana Paula Lessa e a partir daí foi praticamente um ano e meio de muito esforço para que, no início desse ano, a startup estivesse pronta e no ar. “Lançamos em janeiro e já na primeira semana tivemos transações bem sucedidas, vimos que tinha potencial”, revelou Ana Paula, que assim como Marcela, além de sócia é também usuária assídua do Cabe na Mala nas duas perspectivas da transação.

O processo do negocio é muito simples, quem deseja algum produto, basta entrar no site e cadastra-lo, informando o valor que pretende pagar. Quem está viajando consegue visualizar a vasta lista de pedidos e selecionar algum que lhe seja adequado trazer. O site recebe a encomenda de um lado, o dinheiro do outro e faz o repasse, ficando com 10% do total. 

Dando um exemplo prático, a Sony acabou de anunciar o preço do Playstation 4 no Brasil, R$ 4 mil reais. Nos EUA o mesmo videogame custa US$ 400, ou algo em torno de R$ 820. Não vamos entrar no mérito do motivo desse contraste, até por que é muito difícil de entender, mesmo com os altos impostos brasileiros… Em vez de torrar a bagatela de R$ 4 mil reais, por que não oferecer algo em torno de R$ 1200 para algum “anjo da guarda”? R$ 120 vai para o Cabe na Mala e R$ 260 para o viajante.

Quanto as questões alfandegarias, o site recomenda que o total oferecido para quem posta a encomenda já inclua o valor da taxa caso o preço do produto ultrapasse o limite dos US$ 500 permitidos pela Receita Federal. 

Em pouco mais de 6 meses de atividade, já são mais de 35 mil curtidas no Facebook, aproximadamente 5 mil usuários cadastrados e dezenas de transações intermediadas com sucesso.


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