“O Sabotage era um cara livre, não tinha medo de falar as coisas”, diz DJ Cia

Capa do álbum "Sabotage" foi criada pelo artista gráfico Ricardo Magrão, com base em foto de Marcos Vilas Boas
Capa do álbum “Sabotage” foi criada pelo artista gráfico Ricardo Magrão, com base em foto de Marcos Vilas Boas

Na última segunda-feira (17), o Spotify lançou o segundo álbum de Mauro Matheus dos Santos, mais conhecido como Sabotage, um dos maiores nomes do rap nacional, brutalmente assassinado em 2003, no início de sua carreira, com 29 anos.  Intitulado Sabotage, o disco foi produzido pelo selo Instituto, liderado por Daniel Ganjaman, Tejo Damasceno e Rica Amabis.

DJ Cia, um dos principais nomes dessa produção, diz que o álbum mostra a personalidade de Sabotage: “Ele era um cara livre, fazia o que queria, não tinha medo de falar as coisas. Cantava, falava de diversos assuntos”. Para o DJ do RZO, as letras são atuais ainda que compostas há mais de dez anos: “As letras ainda falam das coisas que continuam acontecendo no Brasil. Política, educação, saúde, não mudou muita coisa desde a morte dele até agora”.

O álbum aparece como a realização de um sonho da família de Sabotage. Para o DJ, o processo de dar vida às músicas foi pontuado em não perder a originalidade nas letras e trabalhar em algo que fosse atual e ao mesmo tempo conectado ao disco anterior:  “Eu queria deixar a música atual para as pessoas que estão curtindo o som de hoje, mas também para elas indentificarem com o que já era o estilo dele”.

O álbum retrata o trabalho de um dos maiores rappers do Brasil – um gavião fiel de origem louco, como o próprio Sabotage se definia – em um momento que surgem novos nomes no cenário nacional. Para o Dj Cia, a mensagem principal é “ficar ligado no que está acontecendo,  de revindicar as coisas boas para periferia, para as pessoas. Ficar longe dos baratos ruins”.

DJ Cia. Foto: Reprodução Facebook
DJ Cia. Foto: Reprodução Facebook

 

 


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