OMS lança plano de US$ 56 milhões contra a zika; Brasil muda forma de divulgar casos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um plano estratégico para dar uma resposta global coordenada à epidemia de Zika e suas consequências. O custo das ações previstas será de US$ 56 milhões até junho. O anúncio foi feito na terça (16). 

A entidade quer mobilizar recursos, melhorar a vigilância e o controle do mosquito, garantir a assistência médica aos afetados e acelerar as pesquisas. Do total de recursos, US$ 25 milhões seriam destinados à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e US$ 31 milhões financiariam o trabalho com parceiros. 

Uma das grandes preocupações da entidade é fomentar o desenvolvimento de vacinas, testes diagnósticos e terapias para a infecção por Zika. Além disso, é necessário encontrar meios mais eficientes de controlar o vetor, o mosquito Aedes, e agir de forma conjunta. Afinal, os vírus e os mosquitos não respeitam as fronteiras entre os países. Entre as prioridades da OMS estão o investimento desses recursos na melhoria dos mecanismos de confirmação dos casos. 


Brasil muda forma de divulgar números da epidemia

Em boletim divulgado na quarta-feira (17), o Ministério da Saúde informa 5.280 notificações de malformações, das quais 508 foram confirmadas como microcefalia e/ou outras alterações do sistema nervoso central, sugestivos de infecção congênita.

Restam 3.935 casos suspeitos de microcefalia em investigação.

Segundo nota divulgada pela pasta, o Ministério da Saúde decidiu mudar a forma de contar e divulgar os casos de microcefalia no Brasil.

Até agora, o governo divulgava o número total de notificações, os casos comprovados por exames laboratoriais e os casos de microcefalia comprovadamente relacionados ao vírus Zika.  O boletim divulgado na sexta-feira passada (12), informava 41 casos de microcefalia comprovadamente relacionados ao vírus da Zika.

A partir de agora, o governo passa a considerar que “houve infecção pelo vírus Zika na maior parte das mães que tiveram bebês cujo diagnóstico final foi de “microcefalia e/ou alterações do Sistema Nervoso Central, sugestiva de infecção congênita”. Isso significa um salto dos 41 casos comprovadamente relacionados ao Zika na semana passada para 508 crianças com microcefalia associada ao vírus Zika apontados pelo último boletim. 

Os casos já confirmados ocorreram em 203 municípios, localizados em 13 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.


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