A Polícia Civil cumpriu 56 mandados de prisão contra pessoas acusadas de envolvimento com clínicas ilegais de aborto no Estado do Rio de Janeiro até o fim da manhã desta quarta-feira (14).
De acordo com a Polícia Civil, sete organizações criminosas envolvidas com a prática ilegal de abortos foram desarticuladas na operação de hoje. Apesar de serem independentes, os núcleos criminosos se comunicavam para evitar competição e atuavam em diferentes regiões do Rio de Janeiro e de outras cidades da região metropolitana.
As prisões e a desarticulação dos núcleos criminosos são parte da operação Herodes, que contou com a participação de 500 policiais e tentou cumprir hoje 75 mandados de prisão preventiva contra acusados de participar do esquema ilegal.
A investigação da Polícia Civil durou 15 meses e é considerada a maior já realizada contra a prática criminosa do aborto. Os grupos investigados cobravam até R$7, 5 mil para realizar o procedimento em locais sem condições de higiene e salubridade. Um dos núcleos chegava a lucrar até R$ 300 mil por mês.
José Mariano Beltrame, Secretário Estadual de Segurança do Rio de Janeiro, declarou que a operação policial de hoje terá efeitos na discussão da questão do aborto no país. “Acho o momento muito oportuno para as coisas serem discutidas. Não vamos dizer o que a lei precisa fazer. Entretanto, a sociedade tem de conhecer o efeito que uma pessoa sofre ao praticar um aborto. É um problema nacional. Temos de acabar com o tabu e recolocar a discussão à mesa”, disse o secretário.
A operação da Policia Civil se estendeu também para São Paulo e Espirito Santo.
Com Agência Brasil
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