Reino Unido decidirá na sexta sobre bombardeios na Síria

Refugiados sírios em fuga. Foto: EC/ECHO
Refugiados sírios em fuga. Foto: EC/ECHO

O Parlamento britânico se reunirá nesta sexta-feira (26), em sessão extraordinária, para decidir se o Reino Unido deve ou não se envolver nos ataques aéreos contra as forças do Estado Islâmico no Iraque. A decisão foi tomada depois de um pedido formal de assistência feito pelo primeiro-ministro iraquiano, Haider Al Abadi, ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, durante encontro nesta quarta-feira (24) em Nova York, onde acontece a Assembleia Geral da ONU. Cameron vai discursar na reunião nesta quinta (25).

O líder da oposição no Parlamento, Ed Miliband, disse que seu partido (trabalhista) é favorável a bombardeios britânicos contra o Estado Islâmico no Iraque, mas que a ampliação da campanha para a Síria exigirá uma deliberação prévia do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), pois não houve pedido formal de apoio por parte dos sírios.

No ano passado, o Partido Trabalhista recusou-se a apoiar o governo britânico em ação militar contra o regime de Bashar Al Assad na Síria, acusado de usar armas químicas. Em entrevista à BBC no fim da tarde, David Cameron, que apoia os ataques aéreos, disse estar confiante de que terá o apoio de todos os partidos na sexta-feira. “O certo é que nosso país esteja unido neste momento. Vamos votar sobre a intervenção militar no Iraque e se houver alguma questão relacionada à Síria, ela será debatida e votada separadamente”, disse. O primeiro-ministro declarou que o Reino Unido não pode virar as costas para o que “precisa ser feito neste momento”.

Apoio

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quarta-feira (24), em discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, que o país vai trabalhar com os aliados para desmantelar “a rede de morte” do Estado Islâmico. O presidente estadunidense fez um apelo fervoroso para que outros países ajudem na luta contra o grupo extremista. “Hoje, peço ao mundo para se juntar a este esforço”, disse. “Vamos demonstrar que o futuro pertence aos que querem construir, e não aqueles que destroem.” A brutalidade dos militantes, disse ele, “nos obriga a olhar para o coração das trevas”.


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