Queridos, acabo de falar com um bom amigo carioca, que está em absoluto estado de choque, pois esteve cara a cara com ninguém menos que Tom Cruise! O ator está no Rio de Janeiro, veio promover o filme Encontro Explosivo, no qual contracena com Cameron Diaz, que também veio. A experiência de estar cara a cara com o ídolo abalou um homem de 40 anos de idade, a ponto de levá-lo às lágrimas. Tom Cruise não é pouca coisa, é só ele espirrar que a mídia mundial estende o lenço. Lembro dele começando, no maravilhoso Outsiders, de Francis Ford Coppola. Meu amigo também lembra daquele filme, e de todos os outros que Tom Cruise fez depois, e aí vão Top Gun, Missão Impossível, o (absolutamente gay) Entrevista com o Vampiro, e mil outros. Falei de príncipes alguns posts atrás, aliás, venho falando deles há bastante tempo, e aí temos o efeito do encontro de um homem, um ser humano normal, como todos nós, e um ídolo, um ícone desses. Entendo o abalo, e invejo meu amigo. Em meio às lágrimas, ele teve clareza de raciocínio suficiente para dizer: “Ele é da sua altura!”. Sim, ele se referia ao porte físico, claro, o que me surpreende, pois eu sou baixinho. Entrego a idade, mas jamais entregarei a altura, e o grande astro de Hollywood e eu temos o mesmo tamanho. Ele é muito mais bonito, isso nem chega a ser questão, também é talentoso, milionário, botem aí tudo o mais, mas temos o mesmo porte físico, cá está um Cavalcanti feliz.
Ninguém deve sentir vergonha de adorar um ídolo, não falo em sentido religioso, claro. Mesmo homens adultos e heterossexuais viram tietes diante de certas figuras do esporte ou da televisão. As mulheres, curiosamente, são mais livres para tietar e saltitar à vontade, às vezes isso é o que se espera delas, não são criticadas, mas os homens se envergonham. A questão da altura, o porte físico, com a qual acabo de brincar, é uma prova disso. “Sou mais alto que você” é um comentário arrasador para muitos meninos, e só a vida poderá ensinar-lhes que isso não significa nada. Napoleão Bonaparte também tinha meu tamanho, nasceu no mesmo dia que eu (15 de agosto), e botou a Europa inteira a seus pés. Quando estive frente a frente com Cauã Reymond eu tremi, criei a já lançada expressão “Mal de Reymond”, e descrevi exatamente o que me aconteceu naquela ocasião. Também já me aconteceu quando encontrei Wagner Moura. Assim como invejo o encontro de meu amigo, podem invejar-me à vontade, sem vergonha nenhuma. Abraços do Cavalcanti.
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