Alemanha repete o apagão do Brasil

Assim como aconteceu com o Brasil no segundo tempo do jogo contra a Holanda, deu um apagão na Alemanha na semifinal contra a Espanha nesta quarta-feira. E não teve gol contra nem jogador expulso, técnico nervoso, nem um Felipe Melo ou um Dunga, ninguém para colocar a culpa. Aconteceu, simplesmente. Ganhou a seleção que jogou melhor e agora vai decidir o título no domingo contra a mesma Holanda.

A Espanha dominou o jogo do começo ao fim. Inverteu os papéis com a Alemanha, que estranhamente entrou retrancada, amarrada, sem a ousadia ofensiva dos outros jogos. Ficou assistindo ao belo toque de bola do adversário – até tomar o gol, que parecia estar pedindo, sem forças para reagir.

A molecada alemã, que encantou o mundo com seu futebol rápido, de deslocamentos constantes, procurando sempre o gol, que fez a Inglaterra e a Argentina cairem de quatro, parece ter ficado no vestiário. O time que entrou em campo estava irreconhecível, lembrou a velha Alemanha. Que terá acontecido? Só se, de tanto lembrar o futebol brasileiro de antigamente nesta Copa, os alemães comeram uma bela feijoada no almoço, em vez de chucrute

A Espanha alugou o meio de campo e cansou de perder gols feitos. Acabou chegando à vitória com uma cabeçada fulminante de Puyol, justamente no momento em que a Alemanha ameaçava ir ao ataque, já com a partida caminhando para a final. Agora, não tem mais favorito: Holanda e Espanha chegam à decisão exatamente com as mesmas chances de levantar o caneco pela primeira vez na vida. Quem poderia imaginar esta final?

Para nós, tanto faz. Afinal, Klose deu chabú e Ronaldo Fenômeno continua sendo o maior artilheiro de todas as Copas. E a Alemanha continua dois títulos atrás de nós. Melhor começar a pensar logo em 2014.


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