Você acredita no Brasil?

“Para se pensar sobre as perspectivas futuras do Brasil é necessária uma reflexão sobre os problemas e desafios a serem enfrentados pela sociedade. Ao que parece, vivemos numa fase em que projetos nacionais que deviam se legitimar por meio de objetivos coletivos dificilmente se consolidam. De um lado, a superposição dos interesses privados nas decisões públicas, historicamente parece dificultar a realização desses projetos. De outro, hoje com a plena incorporação dos ideais liberais e individualistas nas relações econômicas, as mais diversas camadas da população enfatizam seus desejos particulares de acesso aos padrões de consumo.
Em suma, é inegável que vivemos melhor e que tivemos grandes conquistas políticas e sociais – com uma crescente incorporação de toda a população aos benefícios da educação, da cultura e, até mesmo, da satisfação dos bens de consumo; entretanto é persistente o sintoma de um mal-estar coletivo. Pouco se vê para romper com tamanha desigualdade social. Para acreditar no Brasil é preciso um novo e amplo projeto para todo o País.”
Alexandre Macchione Saes, professor da Universidade Federal de Alfenas

“O Brasil é um eterno conchavo entre os “de cima”, não deixou de ser durante o governo Lula e uma avaliação rigorosa da composição do Congresso revela que não deixará de ser a médio prazo. Raymundo Faoro tinha e continua tendo razão. Para os “de cima” não há melhor país no mundo.”
Luiz Carlos Azenha, jornalista e autor do blog Viomundo

 

“Sempre acreditei no Brasil. Após dar um salto de qualidade nesta última década, o País desponta com vigor cada vez maior no mundo globalizado. Essa convicção só aumentou em 2008, quando tive o privilégio de viajar pelo Brasil afora nos inúmeros eventos de lançamento do livro 1808, em que o escritor Laurentino Gomes retratou a vinda da Corte portuguesa 200 anos atrás. Em cada cidadão com quem tive contato percebi um grande interesse pelo resgate da nossa história, com o objetivo de entender por que o País foi construído dessa forma. Observei também uma enorme vontade de lutar por melhorias em várias áreas, como educação, justiça social, meio ambiente, participação política, entre outras. Depois dessa feliz experiência tenho ainda mais orgulho de ser brasileira.”
Carmen Tex Sodré, agente literária

“Podemos acreditar, novamente, no Brasil. Digo novamente pois o País iniciou o século passado apresentando condições de dar um salto em direção à modernidade e não o fez. Naquele período, a república estava se consolidando, as exportações do café e da borracha abriam perspectivas econômicas favoráveis e a industrialização dava os primeiros passos, os brasileiros cultivavam o sonho do desenvolvimento, o que, infelizmente, não se concretizou. Neste início de século, mais uma vez, condições favoráveis parecem estar presentes. A economia cresce, a democracia política amadurece e, nas relações internacionais, o Brasil é cada vez mais respeitado. Mas, a renda precisa ser mais bem distribuída, amplos setores da população devem ser incluídos nessa modernidade e ainda temos uma crise financeira a debelar. Vamos trabalhar para que não aconteça, pela segunda vez, o triunfo do atraso e da mediocridade.”
José Augusto Camargo – presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo


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