Microorganismos também podem causar hipertensão, diz estudo

Fatores ligados ao estilo de vida e à genética se somam para causar a pressão alta. Foto: EBC
Fatores ligados ao estilo de vida e à genética se somam para causar a pressão alta. Foto: EBC

 

O estudo dos microorganismos que habitam o intestino humano tem mostrado que sua ação é muito mais ampla do que se poderia imaginar. Já se sabe, por exemplo, que são capazes de interferir na imunidade e podem influenciar o humor – é no intestino que é produzida grande parte da serotonina (neurotransmissor associado ao bem-estar). Agora, a ciência descobriu que a nossa microbiota age também na pressão arterial.

Os pesquisadores estudaram dois grupos de ratos – um deles com pressão arterial normal, outro com hipertensão ou pressão arterial elevada.

A equipe removeu uma parte do material biológico do intestino grosso dos animais de cada um dos grupos.

Todos os animais tomaram antibióticos durante 10 dias para reduzir a sua microbiota natural. Depois, o grupo que tinha pressão normal recebeu um transplante da microbiota dos ratos que tinham pressão alta. 

O contrário também foi feito – ratos que tinham pressão alta receberam um transplante da microbiota dos ratos com pressão normal.

Onze e meia semanas depois, a reação do organismo dos ratos foi surpreendente. Os ratos com pressão normal que receberam a microbiota dos hipertensos manifestaram tamb[i]

Porém, os ratos tratados com a microbiota normal não tiveram uma queda significativa na pressão sanguínea, embora tenha ocorrido uma ligeira redução.

Os pesquisadores consideram esses resultados como mais uma informação valiosa para continuar estudando o papel da microbiota no desenvolvimento da hipertensão arterial em humanos. “O manejo da microbiota poderá ser um caminho inovador para o tratamento da hipertensão”, escreveram os autores.

Vale lembrar que o estudo foi realizado em animais e precisa ser realizado em humanos para comprovar os achados. O trabalho foi publicado na revista Physiological Genomics, da Sociedade Americana de Fisiologia  (APS, sigla em inglês).


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