Mingau de aveia pode ter surgido na idade das cavernas

Aveia era alimento dos homens das cavernas. Foto: Ingimage
Encontrada hoje em pães, sucos e iogurtes, aveia era parte da dieta de caçadores-coletores. Foto: Ingimage

Valorizada como alimento saudável por ajudar a eliminar o colesterol, os grãos de aveia agora ganham sabor de história. Um estudo publicado na última edição da revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences relata que foram identificados vestígios de grãos de aveia num pilão de pedra em uma caverna no sudeste da Itália, a Grotta Paglicci. 

O local, um dos importantes sítios arqueológicos da Itália, foi ocupado por caçadores-coletores há cerca de 32.000 anos, no chamado Paleolítico Superior.  A Grota Paglicci é considerada uma caverna típica da época. Lá, registram-se  a presença de pinturas de cavalos, enterros humanos e de ferramentas da Idade da Pedra. 

A descoberta dos grãos de amido de aveia mostra que os seus habitantes fizeram uso precoce de plantas, uma conclusão reforçada também pelos sinais de desgaste em pedras usadas em processos de moagem.  

Além disso, a análise dos grãos de aveia sugere ainda que eles foram expostos a calor antes de serem moídos. Possivelmente, a intenção era secá-los para que durassem mais tempo.  

Os pesquisadores acrescentam que, apesar de não haver “provas diretas” que os grãos foram depois misturados com água e cozidos, o achado levanta a hipótese de que nossos antepassados já comiam mingau de aveia cerca de 25.000 anos antes do advento da agricultura.


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