Movimentos fazem protestos e debates no Dia Mundial da Saúde

Enquanto a OMS (Organização Mundial de Saúde) elegeu o tema da depressão como o mote para o Dia Mundial da Saúde (7 de abril) desse ano, movimentos sociais brasileiros pegaram carona no tema para protestos e debates contra diversas ações orquestradas pelo Congresso Nacional e a gestão Temer. Haverá debates contra os planos populares, e atos contra as reformas trabalhistas e previdência em vários Estados do Brasil. 

O tema da depressão também será lembrado em evento na Faculdade de Saúde Pública da USP. Segundo a OMS, mais de 300 milhões de pessoas convivem com a doença no mundo – um aumento de 18% entre 2005 e 2015. “Falta de apoio para pessoas com doenças mentais, junto com o medo do estigma, privam muitos de procurar o tratamento que precisam para terem vidas saudáveis e produtivas”, diz a entidade.

Confira alguns dos eventos que ocorrem no Brasil: 

Ato do Dia Mundial da Saúde de 7 abril de  2016 em SP. Com o lema "Saúde contra o Golpe", manifestantes se encontraram na Praça da República. Foto: Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo/ SEEP-SP
Ato do Dia Mundial da Saúde de 7 abril de 2016 em SP. Com o lema “Saúde contra o Golpe”, manifestantes se encontraram na Praça da República. Foto: Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo/ SEEP-SP

Brasília

O Conselho Nacional de Saúde prepara ato contra a reforma da previdência e trabalhista em Brasília. A concentração será na Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, às 9h, nesta sexta-feira (7). Com o lema “Mais Direito, Menos Depressão”, o conselho quer chamar atenção para as propostas que tramitam no Congresso Nacional. “O CNS entende que retirar direitos históricos dos trabalhos pode contribuir para a evolução da doença [depressão] em pessoas que já se encontram fragilizadas emocionalmente por outros motivos”, diz nota do conselho. Representantes de todos os conselhos do Brasil estarão presentes. Informações no site SUS CONECTA. 

Rio de Janeiro

O Fórum de Saúde prepara manifestação contra a reforma da previdência e debates. O protesto fará a concentração no Largo do Carioca, na sexta (7), a partir das 14h. Também haverá oficina de cartazes e roda de debates sobre a saúde da mulher. “Frente a todo esse processo de exploração e opressão, o caminho é a luta. Os serviços de saúde, educação e previdência são fundamentais para garantia do direito à vida”, diz nota no evento. Mais informações no Facebook. 

Bahia

A UFBA (Universidade Federal da Bahia) vai transmitir ao vivo o debate “Febre Amarela: Situação Atual e Dificuldades de Controle”, que será realizado em Salvador nesta sexta-feira (7), das 9h às 12h. “É o maior surto de febre amarela no País desde os anos 1980”, afirma a professora e pesquisadora  Maria da Glória Teixeira, que coordena o evento.

Estarão presentes Eduardo Hage, do Instituto Sul Americano de Saúde de Governo em Saúde, Pedro Luis Tauil, da Universidade de Brasília, Pedro Fernando Vasconcelos, do Instituto Evandro Chagas (fiocruz) e Reinaldo de Menezes Martins, da Biomanguinhos (Fiocruz). A transmissão será pelo link: aovivo.ufba.br/saúde e perguntas podem ser enviadas para: seminarioisc@ufba.br.

São Paulo

O Fórum Popular da Saúde faz ato contra o desmonte do SUS no sábado (8). A concentração será no vão do Masp, a partir das 15h. “Num mundo em que cada vez mais tudo vira negócio, as vidas das pessoas passam a ter preços também, e isso se traduz pelos processos de privatização, que transferem recursos dos serviços públicos em benefício do lucro dos setores privados”, diz nota do evento. Mais informações no Facebook. 

A Faculdade de Saúde Pública da USP preparou dia de atividades relacionados ao tema da depressão nesta sexta (7), das 8h às 17h.  O evento é aberto ao público em geral e contará com atividades integrativas (yoga, alongamento dança e outras) e diversos debates, que incluem discussões sobre a doença na saúde pública e no envelhecimento. Mais informações no site da universidade. 

O Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) realiza conversa com a imprensa nesta sexta-feira (7), a partir das 10h.  O conselho quer chamar atenção para a proposta de planos mais baratos analisada pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). “Tais produtos foram criados com consultoria única e, portanto, absolutamente parcial, das entidades representativas das empresas de operadoras de seguros e planos de saúde”, diz a nota. “É um retrocesso muito grave”, diz. No encontro, será divulgado um documento contra a medida.


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