“Toda tecnologia que a gente coloca no mundo, depois ela transforma a gente. Nenhuma tecnologia é neutra”. Martha Gabriel, escritora e consultora nas áreas de Inovação e Criatividade ressalta sobre como a tecnologia muda comportamentos. Durante palestra, Martha cativou uma plateia atenta na quarta edição do Seminário Inovação Brasileiros.
Ela destaca um movimento inevitável nos últimos anos: o cibridismo, estado híbrido entre corpo biológico e as plataformas digitais. “Todos nós somos híbridos. Quando o Gmail fica fora do ar, nós ficamos malucos, não é? Nosso celular virou a extensão de nossas mãos”, ressalta.
Esse novo estado de hibridismo impacta a forma como interagimos socialmente e profissionalmente. Martha lembra e usa exemplos da cultura pop, casa do recente filme “Her”, de Spike Jonze, para endossar um comportamento em constante mudança devido à tecnologia. “As mídias sociais e as novas tecnologias estão reconfigurando nossos relacionamentos. Os jovens de hoje têm outras noções disso. No futuro,vamos usar Big Data para quantificar nossas relações”, pontua.
Da mesma forma, a tecnologia tem impactado mercados e estimulado a concorrência. A escritora cita como exemplo o aplicativo Waze, que levou hardwares, no caso do GPS, a um quase desuso. Outro exemplo é a equipe de futebol da Alemanha que utilizou Big Data para melhorar sua performance durante a Copa do Mundo deste ano. “Ou você usa a tecnologia ao seu favor ou você fica fora disso”.
Mas como conseguimos dominar cenários cada vez mais complexos? Segundo ela, é preciso organizar a complexidade em patamares, desde o Big Data a outros processos que envolvem intrinsecamente a inovação. O domínio dela vem em etapas. Outro ponto importante é a colaboração. “Colaboração é a base da inovação em ambientes complexos. Eu preciso entender outras áreas para evoluir e também colaborar”, ressalta Martha.
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