Pesquisadores do Instituto de Química Orgânica de Xangai desenvolveram um método eficaz para converter polietileno (o plástico mais comum na Terra) em combustível líquido ou em cera, o que pode fazer uma grande diferença no que se refere à poluição ambiental n mundo. A cada ano, as fábricas produzem cerca de 100 milhões de toneladas de polietileno, que se tornou uma das piores pragas para o meio ambiente.
Como é composto por átomos de carbono e hidrogênio ligados entre si em cadeias longas, o polietileno é uma substância extremamente difícil de se decompor. Ele não reage com muitos componentes. Há décadas a comunidade científica internacional tenta descobrir um método para eliminar o plástico. Até agora, a única forma de eliminá-lo tem sido a incineração do material a altas temperaturas, mas esse processo é bastante poluente.
Na sexta-feira passada (17), Zheng Huang, químico orgânico da Academia Chinesa de Ciências, anunciou um método para degradar o polietileno a temperaturas incrivelmente baixas: 150ºC. “Os nossos produtos são muito mais limpos do que os obtidos por métodos convencionais”. Em artigo publicado na Science Advances, a equipe de Huang relatou que o novo método é mais fácil de controlar e o combustível resultando pode ser utilizado em motores a diesel.
A equipe que fez a descoberta é composta também por Xiangqing Jia e Chuan Qin. A investigação foi feita em parceria com Tobias Friedberger e Zhibin Guan, investigadores da Universidade da Califórnia em Irvine (EUA). Com a descoberta chinesa, aumentam as esperanças de que talvez seja possível degradar o plástico de forma natural.. No entanto, para que isso seja possível em larga escala, os investigadores deverão investir ainda mais nas pesquisas.
A nova técnica dispensa o uso de altas temperaturas, mas ainda é lenta: o processo demora cerca de quatro dias para ser concluído. O principal desafio será a transição da eliminação de pequenas quantidades para toneladas de plástico que poluem o meio ambiente na atualidade.
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