Google desenvolve pílula para detectar casos de câncer

Reprodução.
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O Google está desenvolvendo minúsculas partículas que podem ajudar a detectar câncer e outros problemas de saúde ao percorrer o fluxo sanguíneo do paciente.

O diretor da equipe de pesquisas Life Sciences do Google X, Andrew Conrad, disse que as partículas podem ser direcionadas para partes diferentes do corpo ao aplicar pequenos aparelhos magnéticos vestíveis na pele.

O wearable em questão poderia contabilizar as partículas e possivelmente compilar informações sobre quais potenciais condições médicas consegui detectar.

“As nanopartículas são a conexão entre biologia e engenharia”, afirmou Conrad durante uma entrevista na conferência WSJ.D Live, realizada nesta semana nos EUA. “Podemos fazer com que essas nanopartículas se comportem da maneira que a gente quiser.” (veja vídeo abaixo do WSJ com a entrevista de Conrad no evento)

A chamada Nanoparticle Platform (Plataforma Nanopartícula) vem na forma de pílulas que são cobertas com “anticorpos ou moléculas que detectam outras moléculas”, completou.

As partículas seriam menores do que um milésimo de uma célula vermelha de sangue e poderia se ligar a moléculas, proteínas e células no corpo do paciente. As nanopartículas poderiam ajudar a detectar placas arteriais ou níveis altos de sódio, e podem substituir exames de sangue padrão para detectar estágios iniciais da doença, aponta Conrad.

O diretor da equipe de pesquisas afirmou que o Google licenciaria a tecnologia para outras empresas e não seria responsável por gerenciar as informações através do monitoramento das nanopartículas.

Implementar as nanopartículas poderia levar mais de cinco anos, afirmou o The Wall Street Journal em uma reportagem sobre o assunto.

Essa pesquisa com nanopartículas não é a primeira experiência do Google com medicina. No início de 2014, a empresa afirmou que estava testando lentes de contato avançadas para pessoas com diabetes que serviriam como uma alternativa a furar seus dedos para verificar os níveis de glicose.

O projeto, que também saiu do laboratório do Google X, mede os níveis de glicose em lágrimas usando um chip wireless em miniatura e um sensor de glicose. A gigante de buscas anunciou na época que estava buscando por parceiros para levar a tecnologia ao mercado.

O Google X é um setor da empresa que é focado em desenvolver tecnologias revolucionárias, como o Google Glass, carros sem motoristas e o Project Loon, um esforço para levar Internet a lugares remotos do mundo por meio de balões especiais.


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