Meia hora é o prazo que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vai dar entre a votação dos recursos sobre o rito do impeachment, pelo STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quarta-feira (16), e o início da reunião que pretende formar a comissão do impeachment.
Apesar da pressa, alguns parlamentares pedem calma a Cunha, já que foram inicialmente indicados para a comissão, mas mudaram de partido desde então e preferem que o peemedebista adie a reunião para segunda-feira (21).
Essa não será a única medida para acelerar o processo. O parlamentar também pretende aumentar as sessões semanais na Câmara de três, como é praxe (terça, quarta e quinta), para cinco. De acordo com a lei, Dilma tem dez sessões para apresentar sua defesa depois que a comissão do impeachment na Câmara for formada, o que deve acontecer a partir de hoje com a decisão do Supremo sobre os recursos do rito do impeachment. A comissão também precisa dar seu parecer, e teria cinco sessões para isso.
Com a mudança, o rito, que levaria cinco semanas, pode ser encurtado para três. Assim, o caso chegaria ao plenário entre a última semana de abril e a primeira de maio.
O objetivo de Cunha é aproveitar o apoio popular resultante das manifestações de domingo (13). O acordo, acertado com aliados da oposição, pretende garantir que o peemedebista comande o processo contra Dilma antes que ele mesmo seja apeado do cargo, uma vez que tem seu mandato questionado tanto no Conselho de Ética da Câmara quanto no Supremo Tribunal Federal.
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