Art Basel Miami

De qualquer ângulo?que se vê a Art Basel Miami, percebe-se seu poderio mercadológico dentro e fora dos Estados Unidos. Com charme próprio, a cada ano a feira americana se distancia de sua inspiradora, a Art Basel da Suíça.

Ver e comprar é o binômio que movimenta o Convention Center de Miami, local estrategicamente escolhido em South Beach, ao lado do agito da noite e a uma curta distância da praia. Mesmo considerada conservadora por alguns galeristas, como a brasileira Luisa Strina, uma das fundadoras da Art Basel de Miami, valeu rever a pintura de Mario Merz, a obra em neon de Nam June Paik, a instalação de Boltanski. Ao lado dessa vanguarda histórica houve espaço para o experimentalismo de jovens, como os cubanos Los Carpinteros e o argentino Leandro Erlich.
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Durante os cinco dias do evento novos dólares foram injetados no mercado de arte de Miami, que movimenta milhões. Um dos trunfos da feira é unir galerias internacionais de topo com eletrizante programa de exposições, eventos de música, cinema, arquitetura e design. A Art Basel Miami Beach atrai colecionadores europeus para comprar e fugir do inverno de seus países.

Consagrada como vitrine ideal para expositores e compradores da América Latina, a Feira Basel de Miami, sediada no sul da Flórida, está mais próxima do Continente que sua matriz, o que diminui custos de transporte e seguro para os galeristas da região. Do total de 250 galerias selecionadas, 20 galerias eram latino-americanas.

Em meio a essa ebulição, ARTE!Brasileiros, agora com versão internacional em inglês e espanhol, foi lançada na galeria Alejandra Von Hartz, localizada no Art District – o chamado “Soho de Miami”. Na ocasião estavam expostas obras da artista argentina Marta Chilindron e do brasileiro Henrique Oliveira, autor de A Origem do Terceiro Mundo (2010), exposta na 29ª Bienal de São Paulo e capa da edição nacional da revista. Já o detalhe da instalação Artificial Painting (2010), ilustra a capa da edição internacional.

O lançamento foi movimentado por personalidades como a prefeita de Miami, Matti Herrera Bower, o cônsul adjunto do Brasil, Luís Fernando Abbott Galvão e Dan e Kathryn Mikesell, do The Fountain-head Residency, de Miami. Ainda passaram por lá o curador Luis Pérez-Oramas, do MoMA de Nova York, Rina Carvajal, integrante da curadoria da 29ª Bienal de São Paulo, Tami Katz-Freiman, curadora do Haifa Museum of Art, David Dadone e Petra Sertic, do Boulder Museum of Contemporary Art e Reuben e Joan Baron, curadores internacionais. Também estiveram presentes Óscar Roldán-Alzate, curador do Museu de Arte Moderna de Medellín, o colecionador Emilio Calleja e o artista e produtor Othón Castañeda, ambos da Feira ArteAméricas de Miami. Do Brasil, os colecionadores João Camargo e Augusto Lívio Malzoni, a artista Marcia Grostein, que vive em Nova York, Laura Vinci e Artur Lescher.

Onze galerias brasileiras estiveram presentes: Triângulo, Fortes Vilaça, Leme, Luciana Brito, Luisa Strina, Millan, Marilia Razuk, Nara Roesler, Raquel Arnaud, Vermelho e a A Gentil Carioca. A maioria teve motivos para comemorar. Akio Aoki, diretor da Vermelho, São Paulo, diz que foi espetacular: “Não só financeiramente, mas por termos vendido para boas coleções”. André Millan, proprietário da Millan, São Paulo, garante que o mercado de arte contemporânea para os artistas brasileiros vem crescendo. Luciana Brito observa que a onda latino-americana ganha força e acrescenta: “A ARCO, de Madri, criou seção para a arte latino-americana, assim como a Armory, em Nova York.” Akio lembra que Tanya Barson, curadora da Tate Gallery, em declaração ao The Art Newspaper na Frieze Art Fair, em Londres, declarou que um quarto das obras da Tate são de artistas latino-americanos nascidos depois de 1985, número maior do que o de artistas norte-americanos. Acompanhando a boa performance econômica, o Brasil e os países da região se deram bem em Miami.


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