Ao longo dos últimos 20 anos, a galerista alemã Helga de Alvear, de 80 anos, reuniu um acervo de cerca de 3000 obras, tornando-se uma das figuras mais proeminentes da cena de arte europeia. Seu acervo, um dos maiores do mundo, enfatiza a produção de meados da década de 1960 até os dias de hoje.
Parte dessa coleção pode ser vista a partir do dia 25 de junho, na Pinacoteca do Estado de São Paulo. A exposição reúne 137 obras da galerista, dentre pinturas, esculturas, vídeos, instalações, desenhos e gravuras. A grande maioria dos trabalhos é inédita no Brasil e alguns artistas serão apresentados pela primeira vez no País.
São cerca de 70 artistas incluindo nomes influentes da arte moderna, como Wassily Kandinsky, Marcel Duchamp e Josef Albers; artistas relacionados a algumas das principais vertentes do pós-guerra norte-americano, como os minimalistas Donald Judd e Dan Flavin, e importantes autores da arte contemporânea, sendo a fotógrafa estadunidense Cindy Sherman uma das mais relevantes. Sherman ficou consagrada por seus auto-retratos que questionavam a representação da mulher na sociedade de massa.
A mostra também apresenta o trabalho de três artistas brasileiros que integram a coleção de Helga de Alvear: Jac Leirner, Iran do Espírito Santo e José Damasceno. Com curadoria de Ivo Mesquita e José Augusto Ribeiro, a exposição reúne duas vertentes da história da arte classificadas como antagônicas: “De um lado, obras de inclinação surrealista, com alta voltagem imaginativa, que sugerem situações fantasiosas. E de outro, peças de linguagem geométrica, com formas simples, seriais e autorreferentes, ligadas às vertentes construtivas, à pintura hard-edge, ao minimalismo norte-americano e a manifestações europeias do chamado pós-minimalismo”, afirma Mesquita.
Serviço – Fora da ordem – Obras da Coleção Helga de Alvear
De 25 de junho até 26 de setembro
Pinacoteca do Estado de São Paulo
Praça da Luz, 2
11-3324-1000
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