Será que Donald Trump é louco? Essa pergunta vem ganhando força na mídia americana recentemente. É verdade que metade do país – especialmente os democratas – já vinha questionando a sanidade mental do candidato republicano à presidência há algum tempo. Porém, agora, o assunto transformou parte da imprensa em sofá de psicanalista com atendimento por 24 horas.
O que se tenta é um diagnóstico de distúrbio mental do milionário nova-iorquino. Não se chegou ainda a um consenso. Mesmo porque os psiquiatras profissionais não arriscam palpites: estão impedidos de fazê-lo pelo código de ética da profissão. E mesmo que algum tenha vasculhado a mente do paciente, estariam proibidos por lei de revelar diagnósticos ou mesmo parte de suas conclusões. A dúvida sobre os miolos abaixo daquele “algodão doce sabor laranja” que coroa o Donald continuará.
Razões para tal desconfiança não faltam. O destempero verbal do candidato é mundialmente famoso. Mais recentemente comprou briga com os pais do soldado americano muçulmano, Khizr Khan- Medalha de Ouro por heroísmo e morto em combate no Iraque- causando repúdio até mesmo de republicanos. A lista de impropriedades é enorme.
Seu percurso pelo país e pela mídia está repleto de mentiras – algumas pueris e outras muito sérias – que ele simplesmente atira ao ar. Só para citar a mais recente: declarou que os debates entre ele e Hillary foram programados para não dar audiência e favorecer a democrata, porque vão coincidir com dois jogos do campeonato de futebol americano. Afirmou que recebeu uma carta da National Footeball League – a federação daquele esporte – dizendo que a organização estava descontente com esta agenda. Isso, mesmo sabendo que a imprensa verificaria a falsidade em poucas horas. A NFL imediatamente negou ter enviado qualquer correspondência a respeito. A agenda dos debates foi feita muito antes de se conhecerem os candidatos que participariam.
O comentarista e âncora da emissora a cabo “MSNBC”, Lawrence O´Donnell, há meses vem questionando a saúde mental de Trump. Mas o jornalista é homem confessadamente de esquerda. Não foi levado a sério. Até agora, quando outros americanos passaram a analisar o candidato. O´Donnell na semana passada exibiu uma lista de características que ajudam psicólogos e psiquiatras a diagnosticarem pacientes narcisistas, um sério distúrbio de personalidade. São quesitos que devem vir acompanhados de sessões profissionais de análise com os sujeitos. Porém viraram mania na Internet, propalados por Drs. Freuds amadores.
- Auto centrado. Suas necessidades são supremas.
- Sem remorsos por erros cometidos ou ofensas.
- Não confiável.
- Não se importa com as consequências de seus atos.
- Projeta falta nos outros. Sempre culpa aos outros e nunca tem culpa.
- Pouca ou nenhuma consciência.
- Insensível às necessidades e sentimentos dos outros.
- Tem boa fachada (persona) apenas para impressionar e explorar os outros.
- As pessoas só servem para serem manipuladas para suas necessidades.
- Baixa tolerância ao estresse. Facilmente irritável, com rompantes de ira.
- Racionaliza facilmente. Distorce conversas para ganho próprio em detrimento dos outros. Caso pego em contradição ou mentira, muda logo de assunto ou fica irado.
- Mentiroso patológico.
- Tremenda necessidade de controlar os outros, situações ou conversas.
- Sem valores reais: tudo é situacional.
- Geralmente é percebido como alguém que tem empatia e compreensão, usando isso para sua própria vantagem.
- Bravo, mercurial, emburrado.
- Usa o sexo como controle.
- Não divide emoções.
- Controlador de conversas. Tem de ter a primeira e última palavras.
- Vagaroso no perdão, carrega ressentimentos por longo tempo.
- Tem vida secreta, esconde dinheiro, conhecidos e atividades.
- Gosta de importunar os outros, criar o caos e desequilibrar sem muita razão para isso.
- Temperamental, muda do afável ao bravo sem muita provocação.
- Repetidamente falha em honrar compromissos financeiros.
- Raras vezes expressa gratidão.
- Dado à grandiosidade. Acha que sabe mais do que os outros e está sempre certo.
- Incapaz de perceber como os outros o veem. Ultra defensivo quando confrontado: nunca é falta dele.
- Às vezes chega às lágrimas. Mas é apenas um show ou frustração e não tristeza.
- Gosta de quebrar o espírito de pessoas para mantê-los dependentes.
- Necessita de ameaças para manter as pessoas junto a ele.
A lista vai a 46 itens e é muito longa para este espaço. Mas em todos os quesitos é possível ver Donald Trump. Será que ele é?
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