Após a surpreendente campanha em 1982, quando, em sua única participação, arrancou empates com a anfitriã Espanha, com a Irlanda do Norte e quase se classificou para a segunda fase, Honduras entra em mais uma Copa do Mundo com o objetivo de incomodar de novo. [nggallery id=14277] Em 1982, Honduras se tornou o primeiro país da América Central a marcar dois gols em uma Copa do Mundo. Mas a maior glória do futebol hondurenho foi uma vitória por 2 a 0 contra o Brasil nas quartas de final da Copa América de 2001, derrota que nos custou a eliminação do torneio.Os gloriosos resultados de 1982 e 2001 foram apenas alguns lampejos de brilhantismo de uma seleção que nunca rendeu alegrias para seus torcedores, que pouco acreditavam na classificação para a África do Sul.O técnico colombiano Reinaldo Rueda assumiu o comando da equipe em 2006, com exatos quatro anos para tentar a improvável classificação. Na Concacaf, zona que envolve a América do Norte e Central e dá direito a três vagas diretas para a Copa do Mundo, sabe-se que dois postos são praticamente cativos de México e Estados Unidos nos últimos tempos. Havia uma vaga em disputa.Na primeira partida eliminatória, que daria direito ao vencedor entrar na fase de grupos, a equipe de Rueda bateu Porto Rico por 4 a 0 e 2 a 2, em casa e fora, respectivamente, e avançou.Agora, a jornada começava de fato. Os hondurenhos caíram em difícil grupo, com Jamaica, Canadá e México, sendo que, após seis jogos para cada seleção, somente as duas melhores passavam para a terceira e decisiva fase de grupos. Honduras deu sinal de força ao terminar a etapa na primeira posição, após vencer quatro e perder outros dois confrontos.O grupo final era duro: Estados Unidos, México, Trinidad e Tobago, El Salvador e Costa Rica brigariam pelo direito de estarem na maior festa do futebol mundial. No primeiro jogo, derrota para Costa Rica, que, teoricamente, seriam os principais adversários pela terceira vaga direta.As eliminatórias foram passando e Honduras chegou à penúltima rodada dependendo apenas de seu futebol. O desespero foi geral quando os comandados de Rueda perderam por 3 a 2 para os Estados Unidos e praticamente deram adeus à classificação direta.No décimo e último jogo da fase, os hondurenhos jogariam contra El Salvador em terreno inimigo e só a vitória não bastava. Caso os costarriquenhos também triunfassem, seriam eles que iriam para a África do Sul. Honduras fez sua parte e venceu seu jogo pelo placar mínimo. Mesmo com o resultado positivo, os torcedores ainda estavam apreensivos, já que Costa Rica vencia os estados Unidos por 2 a 1. O grito de felicidade só veio aos 49 minutos do segundo tempo, quando os americanos empataram a partida e deram a vaga para a seleção hondurenha. A classificação veio graças a excelente defesa de Honduras, a melhor da fase final de grupos, com apenas 11 gols sofridos. A Costa Rica terminou a campanha com os mesmos 16 pontos e foi derrotada pelo saldo de gols.Apesar da defesa eficaz, os grandes destaques de Honduras jogam no ataque. O experiente Carlos Pavón, de 36 anos, deve fazer sua despedida do futebol na África do Sul. Pavón é o segundo jogador que mais vestiu a camisa de seu país (98 vezes) e é o maior goleador, com 57 tentos ao todo. Seu parceiro no ataque é um dos jogadores mais bem-sucedidos internacionalmente da história de Honduras. David Suazo, que atua no Genoa, mas pertence a Inter de Milão, é esperança de gols para a equipe. Bom os espanhóis, novamente adversários na primeira fase, abrirem o olho com Honduras.

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