Pelé foi um artista, a bola era seu pincel e o relvado sua tela. Fez parte do movimento modernista no esporte, uma vanguarda que quebrou com tudo que antes era feito. Talvez o primeiro boleiro modernista tenha sido Leônidas da Silva, inventor da bicicleta, um “improvisador” rodeado por pragmáticos e esteticistas, quebrou as estruturas do que na época se fazia. 

Mantendo a mesma linha na brincadeira, não seria insensato pensar que arte contemporânea entrou nos gramados em 1974, com o futebol total da Holanda de Cruyff, que apesar de belo, era fruto da ciência, de muito estudo, uma quebra com o Brasil despojado de quatro anos antes.

A exposição Futebol Arte, a sua maneira, traça um paralelo entre as duas manifestações sócio-culturais. São diversas fotografias históricas e contemporâneas de futebol, fazendo uma tabelinha com obras de seus respectivos períodos, uma espécie de contextualização mútua, uma complementação. A mostra também conta com ensaios fotográficos de Jorge Araujo, Paulo Pinto e Ricardo Stuckert. O artista plástico Lula Wanderley colabora com um vídeo, desconstruindo o futebol como um simples esporte e o aproximando da manifestação artística. A curadoria fica por conta do fotojornalista e diretor da Revista Brasileiros Hélio Campos Mello.

A exposição abre nesse dia 16 de maio, no Instituto Tomie Ohtake, ficará aberta durante toda a Copa do Mundo e se encerra apenas no dia 25 de junho.


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