Ruanda, na África, contará com a ajuda de drones para transportar bolsas de sangue que abastecerão 21 clínicas da região oeste do país.
Segundo informações da agência francesa de notícias AFP, a base dos veículos aéreos não tripulados fica em Muhanga, a 50 km da capital do país. A inauguração foi marcada para sexta-feira (14).
A iniciativa é crucial em um país onde a topografia íngreme dificulta o transporte por rodovias, sobretudo durante a temporada de chuvas.
A reportagem cita dados da Organização Mundial de Saúde que diz que a África tem a maior taxa de mortalidade materna do mundo devido as hemorragias pós-parto. Ao usar drones, o objetivo é agilizar o transporte das bolsas de sangue, ajudando assim a salvar milhares de vidas.
A empresa americana de robótica Zipline ficou incumbida de projetar a base com 15 drones. Em entrevista à AFP, Keller Rinaudo, diretor geral da empresa disse que o sistema permitirá ao governo de Ruanda fornecer instantaneamente transfusões de sangue no país em entre 15 e 30 minutos.
O projeto é realizado com a colaboração da aliança internacional Gavi, criada no ano 2000 para facilitar a distribuição de vacinas em todo o mundo, e a Fundação UPS, que desembolsou 1,1 milhão de dólares.
A expectativa é que em 2017 uma segunda base seja construída. Com ela, os drones poderão percorrer os 26 mil quilômetros quadrados do pequeno país da região dos Grandes Lagos.
Segundo Gregg Svingen, diretor de comunicação da UPS, o projeto também pode ser exportado para outros países no continente africano e ser usado para transporte de vacinas.
“São voos que salvarão vidas. Hoje é o sangue, amanhã as vacinas”, comenta entusiasmado Gregg Svingen, diretor de comunicação da UPS. Ele indicou depois que o projeto pode ser exportado para outros países.
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