Beckenbauer assinou documento de propina, diz imprensa alemã

Ex-jogador alemão Franz Beckenbauer. Foto: Reprodução/Instagram/rundumdenfussball
Ex-jogador alemão Franz Beckenbauer. Foto: Reprodução/Instagram/@rundumdenfussball

O ex-jogador e um dos líderes da campanha para a Alemanha sediar a Copa do Mundo de 2006, Franz Beckenbauer, teria assinado um documento que comprova o pagamento de propina na compra de votos para a eleição na Fifa, informaram nesta terça-feira (10) os jornais Bild e Süddeustsche.

Segundo as publicações, a assinatura foi firmada apenas quatro dias antes da eleição para a escolha da sede, realizada em 2000, e que teve os alemães vencedores por um voto de diferença contra os sul-africanos. Além de Beckenbauer, o contrato teria também a assinatura de Fedor Radmann, considerado o homem forte do comitê que levou o evento ao país, e do ex-presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf) Jack Warner. Este último foi banido “por toda a vida” de participar de qualquer evento de futebol ligado à Fifa por ter “cometido muitos atos de má conduta contínua e repetidamente durante seu tempo de dirigente em diferentes e influentes posições na Fifa e na Concacaf”.

De acordo com a imprensa alemã, esse acordo seguiria a linha daqueles que fizeram Warner ser banido da entidade máxima do futebol e levaram o ex-mandatário para a prisão domiciliar nos Estados Unidos.

Ao Bild, um dos presidentes interinos da Federação Alemã de Futebol (DFB), Rainer Kock, confirmou a informação e fez um “apelo” para que Beckenbauer “traga uma explicação do que aconteceu”. Ontem (09), o então líder da DFB, Wolfgang Niersbach, renunciou ao posto por causa do escândalo da suposta compra de votos para sediar o Mundial de 2006.

Segundo as publicações, o documento previa uma série de amistosos e a venda de ingressos com parte da verba revertida para o próprio Warner. Em outubro, quando as primeiras denúncias envolvendo Beckenbauer começaram a surgir na imprensa, o ex-jogador se defendeu e afirmou ser inocente. Porém, agora, ele ainda não se manifestou sobre o caso.


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