Brasil melhorou seu desempenho nas Olimpíadas nas eras Lula e Dilma

Equipe do vôlei comemora a medalha de ouro - Foto: Ministério do Esporte
Equipe do vôlei comemora a medalha de ouro – Foto: Ministério do Esporte

O Brasil conquistou, na Olimpíada do Rio, a maior quantidade de medalhas em toda a sua história. Foram ao todo 19: sete de ouro, seis de prata e seis de bronze. O resultado ficou abaixo da meta de 22 medalhas fixada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). O País também não conseguiu ficar entre os dez primeiros colocados, como se esperava. Mas chegou perto.

Até o Rio, os Jogos mais bem sucedidos até aqui haviam sido os de Atenas, em 2004, durante o governo Lula (2003-2010), quando Brasil voltou com cinco ouros. E o maior número de pódios tinha ocorrido em Londres, com 17 medalhas, no governo Dilma (2011-2016). O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, disse que desta vez o Brasil participou de 50 decisões por medalhas, contra 36 em Londres.

Algumas medalhas consideradas prováveis não se confirmaram, como as do vôlei e do futebol feminino. O handebol feminino, campeão mundial em 2015, também ficou longe do pódio. O judô, com três medalas, também rendeu menos do que o esperado (cinco conquistas). A natação não se saiu bem. 

Contudo, das 33 modalidades olímpicas, 17 tiveram um desempenho brasileiro melhor do que em 2012, e em 13 delas o Brasil teve os melhores resultados de sua história. É o caso da canoagem, com o três vezes medalhista Isaquias Queiroz, e com o ouro do futebol. Houve várias surpresas, como o caso do bronze de Maicon Siqueira, que entrou na competição do taekwondo como 51º do ranking mundial; o ouro de Robson Conceição, no boxe, e o de Thiago Braz, no salto com vara.

Houve outras conquistas inéditas, como a primeira medalha feminina na natação, com Poliana Okimoto, bronze na maratona aquática, ou o inédito ouro na vela feminina, com Martine Grael e Kahena Kunze, e as medalhas de Diego Hypólito e Arthur Nory na ginástica. Foi a primeira vez na história que o País emplacou dois atletas numa mesma prova individual de atletismo.

Com duas pratas e um bronze, o canoísta Isaquias Queiroz  se tornou o primeiro brasileiro com três medalhas numa mesma edição dos Jogos Olímpicos. A façanha rendeu a ele a honra de carregar a bandeira do país na cerimônia de encerramento da Rio 2016.

A Olimpíada do Rio também confirmou a importância do apoio concedido pelo governo brasileiro aos atletas. Nestes Jogos, 358 dos 465 dos atletas brasileiros (77%) receberam apoios diretos do governo com o programa Bolsa Atleta criado por Lula em 2005. Para os esportistas adultos, foram estabelecidas quatro tipo de bolsas: Nacional (R$ 925,00 mensais), Internacional (R$ 1.850,00), Olímpico (R$ 3.100,00) e Pódio (R$ 5 mil a R$ 15 mil). Cada bolsa é definida de acordo com os resultados dos atletas. Em 2016, está previsto o gasto de R$ 80 milhões para este benefício.

Com a única exceção do futebol masculino, todos os demais medalhistas eram apoiados pelo Bolsa Atleta, que foi muito fortalecido por Dilma Rousseff, a partir de 2011. “Ela [Dilma Rousseff] incentivou bastante os nossos atletas. Tem o Plano Medalha, a Bolsa Pódio. Pra mim e pra os meus companheiros de treino ela está fazendo muita diferença pra gente buscar os nossos sonhos”, disse a judoca Rafaela Silva, medalha de ouro.

Em entrevista à Rede Globo, a dupla de canoagem brasileira, Isaquias Queiroz e Erlon Silva, reconheceu a importância do apoio dado por Lula: “A gente começou com um programa do governo federal, o Segundo Tempo, que tinha vôlei, futebol e canoagem. Como eu gostava de água, fui para a canoagem”. O programa citado pelos dois atletas foi implantado por Lula em abril de 2003. O objetivo inicial do programa era a inclusão social. O Bolsa Atleta surgiu dois anos depois, em 2005.

Além deste incentivo, 145 atletas que estiveram nos Jogos também eram apoiados pelo Programa Atletas de Alto Rendimento das Forças Armadas, que pagava soldos R$ 3.200,00 reais. Estes atletas obtiveram 14 medalhas na Rio 2016. Em 2016, o programa tem previsão orçamentária de R$ 43 milhões.

O apoio oficial dado pelas administrações petistas impulsionou o desempenho brasileiro nos Jogos Olímpicos. Na última Olimpíada realizada sob FHC, o Brasil não conquistou nenhuma medalha de ouro em 2000. A partir da era Lula, o País obteve 5 ouros em 2004 e três em 2008. No governo Dilma, conquistou três ouros em 2012. Agora, chegou a sete medalhas de ouro. 


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