Pressão e achaque contra empresários e parlamentares; uso do cargo para intimidar opositores; “manobras espúrias” para evitar investigação na Câmara dos Deputados. Essas são algumas das razões elencadas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em sua liminar que pediu o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Casa e de suas funções de deputado federal.
A liminar foi aceita na noite de quarta-feira (4) pelo ministro do STF, Teori Zavascki. Como a decisão é monocrática, ele ainda pode recorrer ao plenário do Supremo. Assumi a presidência da Câmara Waldir Maranhão (PP-MA), também investigado pela Policia Federal na Operação Lava Jato.
Conheça os 11 motivos de Janot:
1 – Requerimentos na Câmara para pressionar pagamento de propinas por empresários;
2 – Requerimentos e convocações com o objetivo de pressionar os donos do grupo Schahin – um deles foi o presidente da Schahin Engenharia, Milton Schahin;
3 – Atuação para convocar advogada na CPI da Petrobras para “intimidar quem ousou contrariar seus interesses”;
4 – Contratação da empresa de espionagem Kroll para conhecer com antecedência as investigações da Polícia Federal contra ele;
5 – Uso de CPI da convocar parentes de Alberto Yousseff, delator da Lava Jato, como forma de pressão para que seu nome não fosse incluído nas delações;
6 – Abuso de poder para mudar a lei e impedir que delatores corrigissem depoimentos já prestados;
7 – “Retaliação a quem o contraria” com a demissão do diretor de Informática da Câmara, Luiz Antonio Eira
8 – Uso de cargo para receber vantagens indevidas;
9 – “Manobras espúrias” para evitar investigação contra ele na Câmara, como a que acontece há meses no Conselho de Ética;
10- Ameaças ao ex-relator de seu processo no Conselho de Ética da Câmara, o deputado Fausto Pinato
11 – Reiteração de ameaças a Fausto Pinato
Leia o despacho do ministro Teori Zavascki.
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