PSDB e DEM vão ao Supremo tentar barrar decisão que suspendeu comissão do impeachment

 

Carlos Sampaio conversa com Aécio Neves - Foto: EBC
Carlos Sampaio conversa com Aécio Neves – Foto: EBC

 

O PSDB e o DEM decidiram unir forças para derrubar, no Supremo Tribunal Federal (STF), a decisão do ministro Luis Edson Fachin, que na terça-feira (8) derrubou uma votação secreta na Câmara dos Deputados que escolheu parte da comissão que vai julgar a validade do pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.

 

A decisão parte do líder tucano na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), e do líder do DEM, Mendonça Filho (PE). De acordo com a assessoria de Sampaio, os partidos vão ajuizar um processo questionando a ação enviada ontem pelo PCdoB e acatada por Fachin.

 

De acordo com os aliados do governo, para a tramitação do processo de impeachment, devia ser criada uma comissão especial formada por representantes de todas as bancadas, respeitando a proporcionalidade da representação eleitoral. “Cada partido devia escolher quais deputados e deputadas o representariam na comissão, não é óbvio?”, questionou ontem o deputado Jean Wyllys (PSOL). “Pois bem, Cunha não aceitou essa regra básica da democracia! Como ele não gostou das escolhas de alguns partidos, inventou um procedimento de votação pelo qual seriam apresentadas diferentes chapas no plenário e a maioria decidiria quem representa cada bancada.” Tudo em votação secreta.

 

A oposição que vai recorrer ao Supremo defende que não há previsão de votação aberta no regimento interno da Casa em casos de eleições no plenário da Câmara. “Nós temos a clareza que em todas as eleições da Casa, o regimento é claro, tem que ser secreta. Eu preferia que fosse aberta, mas o regimento é claro e nos últimos 20 anos só se fez votação secreta quando o assunto é eleição”, disse Sampaio.

 


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