Sob os gritos de “fora PT”, PMDB oficializa rompimento com Dilma

Peemedebistas decidiram hoje abandonar Dilma Rousseff - Foto: Reprodução
Peemedebistas decidiram hoje abandonar Dilma Rousseff – Foto: Reprodução

Sob os gritos de “fora PT”, o Diretório Nacional do PMDB decidiu nesta terça-feira (29), por aclamação, romper com o governo da presidenta Dilma Rousseff. Na reunião, a cúpula decidiu que os seis ministros do partido e os filiados que ocupam postos no Executivo devem entregar seus cargos.

Embora tenha sido o arquiteto da reunião e criado a consenso para o desfecho, o vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, não participou do encontro sob o argumento de que não queria “influenciar” a decisão.

A reunião, que durou 4 minutos e 12 segundos, não contou com discursos, somente um pronunciamento do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que presidiu a reunião. Ela aconteceu no plenário 1 do Anexo 2, o maior da Câmara, com capacidade para 138 pessoas sentadas. A quantidade de curiosos, no entanto, obrigou que muitos acompanhassem a votação em pé.

Com o desembarque, os peemedebistas devem entregar cerca de 600 cargos, incluindo os seis ministérios restantes. Ontem, o sétimo foi entregue por Henrique Eduardo Alves (Turismo), que enviou uma carta à presidenta pedindo demissão.

A decisão de hoje dará fôlego extra ao impeachment, uma vez que o PMDB era o principal aliado do governo, com a maior bancada no Congresso: 69 deputados e 18 senadores.  Com ele, pode ir também o PP, PSD e PR, outros partidos de direita aliados ao governo por conveniências mútuas. Devem aceitar proposta de Temer de entregar-lhes parte da administração caso ele assuma o poder.


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