Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) decidia sobre a constitucionalidade das cotas nas universidades brasileiras nesta quinta-feira, dia 26, o vencedor do prêmio Nobel de economia de 1998 Amartya Sen elogiava a adoção do sistema em uma palestra sobre educação dada no prédio da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. “Utilizando um rigor, não há dúvida que existe uma função para as cotas mesmo nos dias de hoje, quando a desigualdade social tem diminuído em alguns países”.
Reconhecendo não conhecer a fundo o sistema brasileiro, Sen deu exemplos de seu país, que passou a adotar cotas para os dalit, a casta mais inferior do milenar sistema hindu em 1955, oito anos após a independência do país, em 1947. Hoje os dalit da Índia representam 17,5% da força de trabalho formal, número superior à sua proporção no país. Em 1997 o dalit K.R. Narayanan foi eleito democraticamente presidente da Índia.
Além das cotas, Sen falou sobre o uso de poesia e arte nas salas de aula, consideradas por ele adições importantíssimas ao currículo escolar. “É importante possuir essa liberdade de expressão, além de ler, escrever, fazer cálculos.
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