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O Brasil deve sofrer uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) entre 0,5% e 1,5% neste ano, de acordo com as previsões, e o mercado de trabalho mostra sinais de perda de vitalidade. Esse cenário, a princípio sombrio, pode ser transformado em oportunidades. A questão é como enfrentar os obstáculos para reverter a situação. É essa a pauta que o seminário Rumos da Economia, promovido pela

Seminários Brasileiros, vai discutir em 24 deste mês de abril, das 9 horas às 16h30, no Hotel Intercontinental, na região central de São Paulo (Alameda Santos, 1.123). O evento é aberto ao público e gratuito. Para participar, o interessado deve fazer a inscrição pelo site da Brasileiros. Rumos da Economia surgiu em 2011 e, de lá para cá, já atraiu um público de mais de sete mil pessoas.

Octavio de Barros, economista-chefe e diretor estatutário do Bradesco, que participará do encontro, considera que a política nacional está interferindo na economia, mas que, em 2014, a contaminação foi mais forte. No entanto, “em algum momento do segundo semestre deste ano, a confiança será retomada e haverá uma recuperação cíclica da atividade econômica”. Ele trabalha com o cenário de que 70% a 80% das medidas de ajuste fiscal propostas pela equipe econômica sejam aprovadas. Para ele, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está cumprindo papel importante na articulação da economia.

Para Milton Luiz de Melo Santos, presidente da Desenvolve SP, que também esta- rá no evento, este ano de 2015 não deve ser classificado como perdido. “Será difícil, mas pode ser uma época de aprendizado”, afirma. Segundo o executivo, será necessário um esforço de todas as esferas de governo: União, Estados e municípios, e não apenas da população. Ele lembra que o nível agre- gado da tributação era de 31% do PIB em 2003, quando Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse como presidente da República, e hoje gira em torno de 36%. Melo Santos considera difícil fazer prognósticos para o curto e médio prazos. “Estamos em crise política e, quando a política não vai bem, a economia sofre porque vive de credibilidade”, afirma.

Luiz Gonzaga Belluzzo, diretor e professor da FACAMP, em Campinas, e participante do Rumos da Economia, se mostra pessimista. “Este ano de 2015 não existe como abstração. É o desfecho de um longo período, muito maior do que o mandato de Dilma Rousseff, que teve início no 2o PND (Pro- grama Nacional de Desenvolvimento, entre 1975 e 1979).” A partir de então, Beluzzo afirma, houve um processo de desarticulação da economia e, como resultado, o encolhi- mento da indústria. Falta, segundo ele, um projeto nacional para o Brasil. “Não existe essa discussão”. Mas ele adverte: “O Brasil convive com o que há de mais moderno e mais atrasado. Como fazer um projeto com uma classe média inculta e com um sistema educacional estropiado?”

Além de Octavio de Barros, Melo Santos e Belluzzo, estão confirmadas as presenças de Ilan Goldfajn, economista-chefe e sócio do Itaú Unibanco; Luiz Carlos Bresser-Pereira, ex-ministro da Fazenda e professor emérito da Fundação Getúlio Vargas; e Murilo Ferreira, diretor-presidente da Vale S.A.

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